Chove
como lágrimas da Julieta
como quando se expulsa a água do convés
ainda esta dia
nuvens brancas, cinzas
invisíveis
esta claro
mais que muitas certezas
ela cai
como de um alto celeste mais puro
e lava a terra
o ar
a mente
que’u seja hidratado
que as minhas vontades nobres cresçam como as sementes
é queda
mas o sol depois faz subir
num vaivém constante como das ondas
com o céu
o som iludibria
e fica elétrico, se percebe chispas como a matéria quase,
a água parece tentar dominar o chão, muitas gotas grossas
raio, calor, diferença de potencial se equilibrando aqui abaixo
das nuvens unidas, esfria mas, resumindo que o romântico
chore assim pensando que as plantas nunca mais florescerão
e junto com as gotas
silêncio
os pássaros que desceram contam as novidades
estão tranqüilos
o carro joga a água da sarjeta pra calçada
logo estará seco e a água já não corre com tanta força
o quarto enxovalhado
roupas, planos, projetos
e eu dormindo
só pra ficar sonhando
agora quero sair e molhar toda minha alma.
...
de la por... 1996... por ai...
(Do Livro I, a ser editado tomara um dia, embora ja diversas vezes publicado ... )
Nenhum comentário:
Postar um comentário