Pesquisar este blog

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

XIV- Farol

O farol é palavra

Em voz de luz

Firmado na rocha

Pra sorte de outrem

é a alma de um santo

é um falo brilhante

aviso aos navegantes

enquanto a noite esconde ele aclara os perigos

rasgando em feixes o manto sem cor

posto pela escuridão

um cego maneja o timão

mas vem uma rajada praqu’ele veja:

abaixo náufragos ofereciam tesouros aos peixes

que nada davam em troca

a não ser sua fome de devorá-los

anjos manejando gaivotas pra divertir os Homens

que as vêem cantarolando por sobre os mastros

A todos os lados a terra desce

Sendo que cai numa torrente

De cima do casco da tartaruga

Por sobre o lombo do elefante

Dos Atlas dos antigos astronautas

Não conto

Não há como contar todas

Recifes com pedras talhadas

Radares de ondas sonoras

Atlântida, os Atos, os vikings

Delfos, Nazca, as Bermudas

(milhas náuticas?

- estelares

Mar desconhecido)

Um facho de luz em reflexo

Um ponto azul no universo.

Nenhum comentário: