XVI- Barco
Uma linha
Entre o céu e o mar
Faz repousá-lo.
Quando vai
Diminuindo
Ate diluir-se
Na curvatura
Indo
Indo
Até esquecer-se
Que vai
E pensar que de agora
Em diante
Estará chegando.
Mais e mais.
Então
Aproxima-se e cresce
E quão logo
Está
E é
E faz parte
E povoa o porto
Traz
Leva
Carrega seu nome
Sua bandeira
Seu porquê.
Tantos se afundaram
Por estarem perdidos
Por se quebrarem nos rochedos
Do caminho;
Esqueletos silenciosos
Imprestáveis
Pra resistir as tormentas
(tempo certo nalguma viagem).
Assim
Que seja então
Percorrido o percurso
De cada um que navega
Do menor
Do infinitamente mais forte
Até que chegue o dia
Em que se possa voar
O dia em que se possa voar.
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