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sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

XVI- Barco

Uma linha

Entre o céu e o mar

Faz repousá-lo.

Quando vai

Diminuindo

Ate diluir-se

Na curvatura

Indo

Indo

Até esquecer-se

Que vai

E pensar que de agora

Em diante

Estará chegando.

Mais e mais.

Então

Aproxima-se e cresce

E quão logo

Está

E é

E faz parte

E povoa o porto

Traz

Leva

Carrega seu nome

Sua bandeira

Seu porquê.

Tantos se afundaram

Por estarem perdidos

Por se quebrarem nos rochedos

Do caminho;

Esqueletos silenciosos

Imprestáveis

Pra resistir as tormentas

(tempo certo nalguma viagem).

Assim

Que seja então

Percorrido o percurso

De cada um que navega

Do menor

Do infinitamente mais forte

Até que chegue o dia

Em que se possa voar

O dia em que se possa voar.

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