quando... me dei por mim. abri portanto os... olhos. e o vislumbrei... de costas. lendo a carta que eu lhe... dera. seus cabelos cobriam o dorso de modo que nao lhe... via o rosto. mas... percebi que... embora... discretamente... soluçava. que... disfarçadamente... enxugava o queixo... de uma ou mais... lagrima.
eu... por causa das... dores em meu corpo somente consegui mover o pescoço. e olhar ao derredor. nao havia ninguem. senao... eu. deitado naquele leito limpo. uma janela... que apontava uma parede mais a frente. uma... porta. fechada. e... ele.
que... se virando e notando minha... semi; consciencia. disse; finalmente:
- nao sou... assassino. nao... me agrado; de mortes. entao... de certa forma me alegra; notar-te. ainda... vivo. porem... o que temo e´... alem deste meu... reino. que me importa ser absolutamente... soberano. portanto... talvez... agora fique... mais... triste. sabendo que... sobrevives.
disse isso enquanto calmamente se virava a mirar tal... janela. ate penetrar-me com seus olhos minha... alma.
tentei levantar-me mas... em vao. minhas feridas estavam como os pontos... secando. meus ossos ainda estavam... novamente se colando.
sentou-se a meu lado... pensei em falar algo mas... nao sabia se...podia. se... deveria. se acaso permanecera minha... lingua. e minhas forças recuando deixei cair sobre o travesseiro de uma vez minha cabeça como quem... relaxa num golpe e deixa ao... destino. 'a sorte... o que lhe resta.
sim, ele... sentou-se e... com a carta na mao direita passou a me... observar... um; mero e infimo... humano. quedado inerte em sua frente. seu olhar era quase... de amizade. sua... mao vazia espalmou-se em direcao a meu... peito.
- entendo e... compreendo. o porque de tantas coisas; de meu oficio. de minha nobre ascendencia... regente das coisas. mas... por... que? voce... uma... criatura ... simples. vil... feia. por que... voce... assim... sendo. me... humilha?
- para que saibas que mesmo tao grande e solene ainda assim e´passivel de... engano. porque nos humanos nao necessariamente necessitamos de vcs deuses como nossos... donos. nao... senhor de teu reino e... poderoso entre seus vassalos. nao foi para que te humilhe... menos ainda porque mereças. foi portanto para que... respondas por ti... tal porque que... perguntas.
falei como quem nao... esperava. como quem... o faz sem... saber. e... ele me olhou agora com uma especie de... desprezo. talvez com algum... orgulho. com alguma... raiva. incontida. e...
- poderia torturar-te; ja que nao... morres.
balancei a cabeça positivamente... com o semblante (imagino) tranquilo e... ao mesmo tempo, aterrado.
- poderia... encarcerar-te... para sempre.
acenei... concordando... novamente.
- que mais... tens para mim... alem desta carta? (perguntou... grave)
- nada. somente... minha devoçao... meus pedidos. minha historia.
- conte. vais entao ter... tua chance. tanto de... ir. desde que... nao mais... em nenhuma hipotese... voltes. desde que... me acrescente algo sobre tal... ciencia que eu ainda nao... soube. e va... livre. caso... contrario. iras... do mesmo... modo. nao obstante... teras de voltar... sempre. e a cada vez... passar infinitamente por tudo... de novo.
- pois... nao me resta... escolha.
- nao. nenhuma.
- eis que... em assim sendo... tudo esta como... o acaso deixou... previamente. determinado.
(continua)
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