ia; fazer uma entrevista; ou melhor; surgir um personagem novo mas; sei la. tem tanta coisa pra confessar; entre as confessaveis; que; quem sabe um dia consiga; terminar. antes que apareçam; outras novas.
essa foi; quando eu morava em Sampa; e ia de trem pra Itaqua; sim; o suburbio de itaquera; de guainazes. fui; advogado la. era uma e´poca especialmente; ruim pra mim. desiludido da igreja de; crente. ja que; vendilhoes eram os; que mais; se importavam com a fé (Deus me perdoe se; sinceridade. enjoar-nos. se; tiver julgando inclusive os; que sao; salvos). meu pai; coitado; ficara cego dos dois olhos. minha mae; louca; de desgosto.
tinha formado a pouco; nunca soubera me encaixar nesse; capitalismo barbarie; ja que; embora branco caucasiano; nao me importava em; mandar. menos ainda em ser; capacho. de quem paga. de modo que; estava; bem perdido ali naquela; selva; indo buscar algum; caso; juridico... no escritorio de um amigo que; assim me ajudava.
uma menina; bonita; passou a me dar bola; o vagao; como em tudo em volta; cinza. pessoas mal encaradas nao por; natureza imagino mas; pouco a que entendo de; fome; senao de pao com agua pelo menos de vez em quando; algum brioche. enalatados; ali como eu; e... ela.
ambulantes vendendo todos os tipos de; bugigangas e chicletes. pedintes de; esmola e; assaltantes a paisana. aquela; movimentaçao de estaçao em estaçao se e´que voce; me entende; e so´se; ja esteve; sabe. enfim.
eu de; terno; e pasta. ela passou a me; sorrir. e era mesmo; diferente. pra melhor; sugeriu sua; forma. ai; meu... veio mais uma das; infindaveis; pessoa com; alguma; ladainha. espalahndo fotos cor de; perto e branco. com um; menino. tipo; doente. mas...
nao parecia doente. peguei nas maos meio; totalmente. desconfiado. afinal era; tanta; gente querendo algo; e os guardas pagos pra; reprimir tais; gentes; nao davam conta. apesar de baterem; catarem seus pertences; sob a aparencia de para nossa; propria. segurança. sabe. (nao sei se sabe; teria de; ver. estar. sentir para. mas...) continuando...
ela se aproximou e; ao que me lembro; faz; tempo. 10. mais anos... e; a mulher que me dera tal foto; invariavelmente pedindo; algum; donativo enquanto ia as recolhendo; sim ela; a menina bonita se sentou ao meu lado; simpatica. como que... querendo conversar comigo. eu... disse aquelas coisas que; homens de minha idade naturalmente; diriam a uma garota bonita; com ou sem palavras. e...
ai entramos no assunto do; menino da foto. estavamos passando pela estaçao de; cidade tiradentes; aqueles; lados ali sabe (nao sei se ; sabe. nao vou ter certeza disso). e...
disse minha impressao. que; achava. que aquilo era mais alguem implorando uma; exploraçao; de outros igualmente miseraveis.
que... devia ser uma montagem.
era uma foto; nao de monstro nem de; deformidade; mas... de um; ser. diferente. como uma criança mas; com olhos enormes; e cabeça; como de um boneco; sim parecia um; boneco de; pelucia; um pouco maior que o joelho da mulher que o segurava nas maos; e...
devolvi a foto. sempre costumo; dar algum dinheiro quando; tenho. mas; talvez aquele dia eu; estivesse idem precisando; nao; me lembro. mas; disse tudo aquilo 'a aquela menina bonita. sinto; que fui... conforme entendia naquela; data. e me arrependo nao de ter dito o que; sentia mas; de sentir. daquele jeito; sabe (nao sei se; sabe. nem quando. saberá.) e...
ela; ja havia me dito que era formada psicologa na usp; iamos; trocar telefone ou; algo assim. falamos bem de perto ate; devolver a foto.
porque; dai ela; levantou-se; fingiu nao ouvir o que; lhe perguntara; alias; fingiu nao; respondeu bem; bruta; tipo; foda-se. e...
foi em direçao da; mulher das fotos e; ficou com ela ate; a estacao que; desceram. nao sei se; juntas porque; sumiram no meio do; povo. que ali ia; e vinha.
...
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